11 de mar. de 2009

Batalhas.

Até os 25 anos sonhei sonhos coloridos, comum ao lugar de onde vim - sem pensar no futuro pessoal, financeiro. Sonhos comuns da maioria das mulheres, sem abrir os horizontes, copiando a vida ao lado - ser princesa, viver um conto de fadas, casar, ter filhos. Depois,até os 40, empenhei todas as armas,lutei todas as lutas, levantei todas as bandeiras - tudo que me direcionasse a melhorar a vida dos esquecidos, pobres,desvalidos, fracos e oprimidos. Finquei pé. Fui paciente, carinhosa, firme, grossa e por vezes até estúpida, tentando uma distribuição melhor de bens e direitos entre todos. Adotei Jesus,o Cristo, como meu professor, ilustrador, orientador, Salvador. Após os 40, disvirtuei - não,não abandonei o Cristo. Comecei a abandonar a Comunidade de Base que me acolheu. Comecei a me questionar a respeito do que eu fazia, dizia, sentia. Tudo era em desacordo com o restante da "tripulação". Passei a enfiar minha cabeça na areia, quer dizer, no trabalho, até poder encontrar um novo caminho. Então me dei conta que tudo tem sua idade. Comecei o retorno. Retorno que todos deverão fazer. Parece-me que hoje vivo a adolescencia - estou mais liberta, mais risonha... sem saber o que fazer com braços e pernas,pois bato e derrubo tudo à minha volta. Claro,para voltar a ser criança, tenho ainda que passar pela aposentadoria. E isso está me irritando! Ora,ora... trabalhei uma vida e hoje, o tal fator previdenciário vai reduzir meu ganho pela metade! Pode? Pode? Será que terei que me empenhar em uma nova luta:???
P.S. - acabei de escrever um e-mail para o Senador Paulo Paim. Quero que ele me esclareça sobre isto e me coloquei ao seu dispor para levantar mais uma bandeira.... grrrrrrrr ou ha! ha! ha1???

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